PT | EN
PT | EN

REGRESSO ÀS ORIGENS | Faro [Arquivo]
Programação Regular

Comemorações do Dia da Universidade do Algarve e do 20º Aniversário da AMA


20 anos de música, de compositores geniais, de maestros brilhantes e de intérpretes exímios.

20 anos com muito estudo, esforço e horas de prática e ensaios.

20 anos de profunda dedicação artística e musical.

20 anos de aplausos e ovações.

20 anos a tocar para si.

Obrigado por nos ouvir e acompanhar.

Os próximos 20 anos serão tão bons ou melhores, consigo!

 

Neste concerto de celebração do vigésimo aniversário da Orquestra da Associação Musical do Algarve, em comunhão com o Dia da Universidade do Algarve, recriamos o concerto com que a Orquestra se estreou em 2002, neste mesmo local, no qual honramos o legado de compositores portugueses contemporâneos como Sérgio Azevedo e Luís Soldado. Contaremos também com a presença do Coro Comunitário e da soprano Dora Rodrigues.

E, como não poderia deixar de ser, haverá ainda espaço para algumas surpresas. Não perca este concerto que será, com toda a certeza, um espetáculo memorável.

 

 

Notas ao Programa

 

Sérgio Azevedo foi o primeiro compositor a compor especificamente para a Orquestra Clássica do Sul.

Natural de Coimbra (1968), estudou composição na Academia de Amadores de Música (Lisboa) com o compositor Fernando Lopes-Graça, com o qual continuara a trabalhar particularmente até à morte deste em 1994, e terminou os estudos de composição na Escola Superior de Música de Lisboa, com Christopher Bochmann (um discípulo da mítica Nadia Boulanger) e Constança Capdeville, tendo obtido a classificação mais elevada (20/20). Em julho de 2012 doutorou-se na Universidade do Minho (Instituto da Educação) sob a orientação de Elisa Lessa e Christopher Bochmann com a tese “História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a Voar: a criação de música para crianças como parte de uma ética artística e social”.

Azevedo assistiu a vários seminários no IRCAM e outras instituições, e trabalhou com compositores como Emmanuel Nunes (na Fundação Gulbenkian), Tristan Murail, Phillipe Manoury, Luca Francesconi, Mary Finsterer, Jorge Peixinho, Louis Andriessen e Simon Bainbridge.

Como compositor, ganhou vários prêmios de composição, em Portugal e no estrangeiro (tais como o Prémio das Nações Unidas, ou o Prémio Fernando Lopes-Graça), e suas obras têm sido tocadas e encomendadas regularmente em vários países (Espanha, França, Reino Unido, Áustria, Alemanha, Bulgária, Brasil, Colômbia, Canadá, E.U.A., Itália, etc) por prestigiados conjuntos, solistas e maestros (Luca Pfaff, Pascal Roffé, Javier Viceiro, Jürgen Bruns, Nikolai Lalov, Brian Schembri, Fabian Panisello, Bruno Belthoise, Aline Czerny, Lorraine Vaillancourt, Artur Pizarro, António Rosado, Miguel Borges Coelho, Anne Kaasa, Marc Foster, Jose Ramon Encinar, Brian Schembri, Ronald Corp, Galliard Ensemble, Proyecto Gerhard, Le Concert Impromptu, Remix Ensemble, Ensemble Télémaque, Plural Ensemble, Nouvel Ensemble Moderne, Kammersymphonie Berlim, etc), estando algumas delas disponíveis em CD. Em 2011 foi distinguido com o importante "Prémio Autores" da Sociedade Portuguesa de Autores na categoria de "Melhor trabalho de música erudita de 2010" com o seu Concerto para Piano e Orquestra.

Para além de uma vasta quantidade de obras de concerto em todos os géneros, do concerto à ópera, passando por obras de câmara e para solistas, Sérgio Azevedo trabalha frequentemente com escolas e estudantes de música, compondo uma grande quantidade de peças didáticas, desde obras para piano solo, para pequenos conjuntos e orquestras escolares, até peças para coros infantis, e das quais se destacam mais de 100 canções, várias cantatas, contos musicais com orquestra, e ainda uma ópera.

 

Luís Soldado, sobre a sua obra O Meu Algarve, cinco canções para orquestra e soprano com poemas do escritor modernista olhanense João Lúcio que aqui apresentamos, diz-nos que “…estas canções personificam, de certa forma, a simplicidade e ingenuidade do meu Algarve mas também o de João Lúcio. Distantes da minha estética atual, não resisti em revisitar algumas das primeiras melodias que compus, ainda como adolescente, e, a partir delas, compor a maioria destas cinco canções que são um misto de alegria e saudade.”

Doutorado em Composição pelo Royal College of Music, é atualmente investigador integrado no Centro de Sociologia e Estética Musical, CESEM, Universidade Nova de Lisboa, onde se encontra a desenvolver projetos relacionados com o estudo e composição de ópera contemporânea e suas novas formas de comunicação.

De entre as suas obras, destacam-se a ópera de câmara “Hotel Suite”, estreada em 2011, em Londres, a banda sonora para o filme mudo “Os Lobos”, de Rino Lupo (encomenda do 2º UK Portuguese Film Festival) estreada em 2011 no Barbican Centre em Londres, a ópera de câmara “Fado Olissiponense”, estreada em 2012 no Teatro Nacional de São Carlos, e as óperas de câmara “O Corvo”, (2015) de Edgar Allan Poe, “Tabacaria” (2017) de Álvaro de Campos e “As Flores do Mal”(2019), a partir de Charles Baudelaire. Entre 2018 e 2019 estreou na RTP2 um conjunto de sete minióperas televisivas, inseridas na terceira temporada do programa Super Diva – Ópera para Todos. Em 2019 estreou em Torres Vedras a ópera comunitária de rua “É possível resistir” e em 2021 a ópera de câmara “O Regresso da Norma”.

Em 2021 assumiu o cargo de coordenador adjunto do Grupo de Investigação em Música, Teoria Crítica e Comunicação, CESEM, e em 2022 tornou-se Professor de Mestrado em Artes Cénicas, FCSH, Universidade Nova de Lisboa.

É fundador e Diretor Artístico da AREPO – Ópera e Artes Contemporâneas, desde 2019.

 

Numa noite de segunda-feira, em fevereiro de 2019, ouviram-se pela primeira vez as vozes do nosso muito querido Coro Comunitário, vozes de quem ama cantar com esta Orquestra. Com altíssima dedicação, esforço e generosidade dos seus elementos, embora com interregno de 2 anos devido à pandemia, orgulha-se de poder contar já com um vasto e exigente repertório coral-sinfónico. Neste programa de aniversário iremos escutá-lo em dois andamentos do último concerto, Psalm 42, onde a inequívoca expressão da profunda sensibilidade estética e elevada espiritualidade musical de Mendelssohn poderá ser apreciada e partilhada entre todos.

 

Uma viagem à Escócia em 1829 inspirou a criação da Sinfonia “Escocesa” e a Abertura Hébrides. Em 1830-31 Mendelssohn viajou até Itália, permanecendo bastante tempo em Roma e Nápoles. Em fevereiro de 1831, escreve a partir de Roma: “Estou a fazer grandes progressos com a Sinfonia Italiana”. No entanto, a sinfonia não chega a ser terminada durante a estada em Itália, continuando inacabada ainda por algum tempo. Provavelmente, a encomenda da London Philharmonic Society para compor “uma sinfonia, uma abertura e uma peça vocal” foi determinante para Mendelssohn finalmente completar a Sinfonia “Italiana” em março de 1833. A Sinfonia Nº 4 recebeu o nome de “Italiana” devido, essencialmente, à vivacidade do primeiro e último andamento. O ritmo subjacente ao andamento de abertura, Allegro vivace, contém a sugestão de uma tarantella italiana – uma dança napolitana rápida, que ganhou o nome provavelmente através de uma adaptação da palavra tarântula, cuja picada, segundo a lenda, poderia ser curada através desta dança.

 

Programa

 

SÉRGIO AZEVEDO (1968)

Pequena Suite (sobre peças para piano de Fernando Lopes-Graça)

 

 

LUÍS SOLDADO (1972)

O Meu Algarve

 

- Intervalo -

 

F. MENDELSSOHN (1809-1847)

Salmo 42 (excertos)

Nº1 - Wie der Hirsch schreit

Nº7 - Coro final: Was betrübst du dich, meine Seele

 

Sinfonia nº 4, Op. 90, “Italiana”

I. Allegro vivace

II. Andante con moto

III. Con moto moderato

IV. Saltarello. Presto


Orquestra Clássica do Sul

Rui Pinheiro, Maestro Titular

Dora Rodrigues, Soprano

 

Coro Comunitário

Rui Baeta, Coordenador e preparador vocal

 

65 minutos, Duração


11 de dezembro de 2022 (domingo)

FARO

Universidade do Algarve – Grande Auditório Caixa Geral de Depósitos

18h00

Entrada gratuita sujeita à limitação da sala 

Informações: T: 289 800 100 (UALG) ou T: 289 860 890 (OCS)

 

Universidade do Algarve e Orquestra Clássica do Sul, Organização

 

RUI PINHEIRO

Maestro Titular

 

Rui Pinheiro é Maestro Titular da Orquestra Clássica do Sul desde janeiro de 2015. Entre 2010 e 2012 foi Maestro Associado da Orquestra Sinfónica de Bournemouth (Reino Unido). Foi também Maestro da Orquestra do Conservatório Nacional de Lisboa (2005–2008) e em Londres foi Diretor Musical do Ensemble Serse, companhia de ópera barroca em instrumentos de época.

Em Portugal dirigiu as principais orquestras. Destacam-se os concertos com a Orquestra Sinfónica Portuguesa – ‘Dias da Música’ (2013 e 2014), o programa de Verdi/Wagner no ‘Festival ao Largo’ com o Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, concertos de Rachmaninoff e Brahms com Artur Pizarro; com a Orquestra Gulbenkian – Os Planetas de Holst, ainda a Vela 6911 de Victor Gama, a 5ª Sinfonia de Beethoven no Festival de Leiria, Concierto de Aranjuez com Miloš Karadagli?, Adriana Partimpim com Adriana Calcanhotto (2015), Retiro com Rodrigo Leão nos Coliseus de Porto e Lisboa e gravado para a Deutsche Gramaphone (2015), e com Carlos do Carmo e Ivan Lins (2016).

Com a Orquestra Clássica do Sul destacam-se projetos como a integral dos Concertos para Piano de Beethoven, a 4ª Sinfonia de Mahler, concertos com Vitorino, Janita Salomé e os Cantadores do Redondo, o tenor Carlos Guilherme e ainda com os fadistas Camané e Kátia Guerreiro.

Rui Pinheiro é agenciado por Worldwide Artists, Lda.

 

DORA RODRIGUES

Soprano

 

Fez a sua formação em Portugal, Itália e Espanha vindo posteriormente a instalar-se em Inglaterra para integrar o European Opera Center.

Apresentou-se no Teatro S. Carlos, Modena e Ferrara, Real Madrid,   La Maestranza Sevilha, Liverpool Philharmonic Hall, St. David's Hall Walles,Casa da Música, Liverpool Hope University, Teatro Aberto, Cornucópia, Fundação Gulbenkian; Salle Jean Eudes, Pavillon des Arts de Ste-Adèle, Salle Claude Champagne no Canadá; Kastel De Clee Bélgica, Teatro Toti dal Monte Treviso, Teatro Buonumore Florença; Opera Narodowa em Varsóvia; St John's Smith Square, Londres e, recentemente, na Grand Salle La Cométe de Saint Etienne com obras de Ravel e Côrte-Real.

Participou em gravações discográficas, incluindo: “D. Chisciotte” Garcia/Almaviva; Royal Liverpool Philharmonic “Il Segreto di Susanna” Wolf-Ferrari/Avie Records; European Union Youth Orchestra/"The Classical Recording Company”.; Opera Premium/Universal Music; Compositores do Porto do Séc. XX/Fermata.

Participou no lançamento da série “Os Maias” pela Rede Globo com o pianista Adriano Jordão e no prestigiado "Festival Les Jeunes Ambassadeur – Montreal”. Dora Rodrigues tem sido presença em várias temporadas da Orquestra Clássica do Sul, tendo, no último projeto, sido dirigida por Rui Pinheiro. Integra o L’Effetto Ensemble, projecto de câmara com o guitarrista Rui Gama que lançará o seu primeiro registo discográfico em 2023.

Apresentou-se em concerto com Josep Carreras sob a direção de Ferreira Lobo e David Gimenez.

É galardoada com o Prémio "Ribeiro da Fonte" pelo Ministério da Cultura.

 

CORO COMUNITÁRIO OCS

Rui Baeta, Coordenador e preparador

 

O Coro Comunitário da OCS, atualmente com cerca de 60 elementos, todos amantes do canto coral, voluntários, com as mais diversas profissões, habitantes da região do Algarve e de múltiplas nacionalidades, tem como missão principal e vocação predominante a de interpretar o repertório coral-sinfónico, dando assim à Orquestra Clássica do Sul a possibilidade de programar na sua temporada regular as grandes obras para coro e orquestra.

O Coro realizou o seu primeiro ensaio em fevereiro 2019 e desde então são cada vez mais as vozes a quererem juntar-se a este apaixonante projeto. Coordenado e ensaiado pelo barítono Rui Baeta, o coro realiza o seu trabalho de prática vocal regular semanal com vista à interpretação de obras que farão parte do seu repertório musical, tais como a 9.ª Sinfonia de Beethoven, Requiem de Fauré, Requiem Alemão de Brahms, Stabat Mater de Rossini, Missa Nelson de Haydn, Requiem de Mozart e Missa em Si Menor de Bach.

 

 

#OCSorquestra

voltar

Se deseja receber notícias sobre futuros eventos, subscreva a nossa newsletter

Subscrever

Morada
Rua João Brito Vargas
Casa das Figuras
8005-145 Faro
Siga-nos