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A IDADE DE OURO DA SINFONIA VIENENSE | Faro

DE HAYDN A SCHUBERT

 

Para este concerto escolhemos duas sinfonias escritas por dois dos maiores compositores desta forma orquestral. Duas obras contrastantes que nos lembram o movimento literário e artístico da Alemanha pré-oitocentista “Sturm und Drang” (Tempestade e Ímpeto), de Schiller e Goethe.

 

Notas ao Programa


Sinfonia nº 31 em Ré Maior, Hob.I:31, Hornsignal, F. J. Haydn: A Sinfonia nº 31 em Ré Maior, conhecida como Hornsignal (Toque de Trompa), também de 1765, é invulgar no seu registo, pedindo um solista de flauta, um par de oboés, quatro trompas e cordas com um solista de violino, solista de violoncelo e solista de contrabaixo, para além da esperada linha do baixo. O primeiro andamento começa com o sinal da trompa, que dá à obra a sua popular designação e o material secundário da exposição repetida concede à flauta três escalas rapidamente ascendentes. O sinal da trompa regressa para iniciar o desenvolvimento e o solista de flauta pode novamente recorrer às escalas. Inesperadamente, a recapitulação começa em Ré maior, seguida pelas trompas e pela segunda parte do primeiro tema. O sinal da trompa no seu todo é deixado até aos últimos compassos. O movimento lento em Sol maior tem o modo suave de uma Siciliana e pede um solista de violino, acompanhado por cordas dedilhadas, antes da entrada do segundo par de trompas, agora em Sol, para pouco depois ser seguido, após outra passagem de violino a solo, pelo primeiro par de trompas, instrumentos em Ré. O solista de violino avança até ao ponto máximo da sua classe, seguido por um solista de violoncelo, e a primeira secção, a ser repetida, termina calmamente. Os mesmos instrumentos a solo são desdobrados na repetida segunda parte do andamento, novamente com uma conclusão serena que concede ao solo de violoncelo a última palavra. Toda a orquestra é utilizada no Minueto seguinte, com um Trio que faz um uso notável do par de oboés. O último andamento é um tema, o anterior anunciado pelas cordas, e variações, que acompanham o que segue os oboés, e um par de trompas domina a primeira variação, sendo a segunda a cargo do solista de violoncelo, a terceira da flauta e a esperada quarta das quatro trompas. O violino a solo oferece uma quinta versão do material, com uma sexta para todo o conjunto e uma sétima para cordas com um solo de contrabaixo. Uma ligação em Ré menor leva a um Presto final que termina com um último sinal da trompa de unificação global.

 

Sinfonia nº 4 em Dó menor, D. 417, “Trágica”, F. Schubert: Schubert (1797-1828), um pouco à semelhança de Beethoven, situa-se entre o classicismo e o romantismo, exibindo aspetos e características das duas épocas: com efeito, paralelamente a um contexto de procedimentos formais, de harmonias e de uma extrema sensibilidade romântica que encontramos explicitamente nos seus lieder e peças para piano, encontramos também alguma formalidade clássica próxima de Haydn e também de Beethoven na sua música instrumental, continuando a desenvolver abundantemente os géneros elaboradas à base do princípio da forma-sonata como é o caso da Sinfonia. Todavia, as Sinfonias românticas seguiram, de um modo geral, a via iniciada por Beethoven que explorou ao máximo as suas potencialidades formais, e tomaram títulos que lhes definem as suas características. É o caso desta Quarta Sinfonia em Dó menor composta em 1816, em plena juventude do compositor, e designada de «Trágica» pelo próprio autor. Desconhece-se a razão de tal título, mas esta é a primeira das duas únicas sinfonias (a outra é a Sinfonia Incompleta) que Schubert escreveu no modo menor, tradicionalmente associado à ideia de tristeza. Em termos formais adota um padrão clássico comum a várias sinfonias de Schubert: introdução lenta, seguida de um andamento rápido em forma sonata, um segundo andamento de carácter lírico, um terceiro andamento em forma de dança (minueto) e o finale em Rondó de densa elaboração rápida e conclusiva.

 

Programa


J. HAYDN (1732 – 1809)

Sinfonia nº 31 em Ré maior Hob.I:31 “Toque de Trompas”

 

F. SCHUBERT (1797-1828)

Sinfonia nº 4 em Dó menor D. 417 “Trágica”

 

Orquestra Clássica do Sul

Rui Pinheiro, Maestro Titular

 

55 minutos, Duração


08/10

FARO

Universidade do Algarve

Grande Auditório Caixa Geral de Depósitos - Campus de Gambelas

18h00

Entrada Livre

 

Universidade do Algarve, Organização

 

#OCSorquestra

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