“As sete palavras do Homem – J. Haydn e J. Saramago”
Sinopse
Comemorando o centenário do nascimento de José Saramago (1922-2010).
Notas ao Programa
Esta obra-prima de Joseph Haydn foi concebida no espírito de uma profunda convicção religiosa. Apesar da sua duração e urgência emocional, é um modelo de simplicidade e sofisticação.
Acima de tudo, Haydn queria que fosse acessível a todos, independentemente da formação musical ou religiosa. Escreveu: “Cada sonata ou andamento apresenta-se através de pura música instrumental de tal forma que até o ouvinte mais inexperiente sentir-se-á tocado nas profundezas da sua alma.” O impacto psicológico e emocional desta música é confirmado pelas mais subtis variações de timbre, voz, ritmo e tempo. Não menos irresistível que as suas obras-primas mais grandiosas, é inerentemente mais pessoal. Haydn considerava-a uma das suas melhores obras. Mas ouvir a música de forma isolada, mesmo que se sustenha sozinha, é sentir apenas parte da sua glória. Ao juntá-la às palavras que lhe servem de inspiração, ganha uma dimensão espiritual raramente presente mesmo nas composições mais profundas. Assim, à excelência da música junta-se a narrativa de um dos últimos textos de José Saramago, que foi escrito após um árduo trabalho de pesquisa para redigir O Envangelho segundo Jesus Cristo.
Embora a mensagem seja decididamente cristã, transcende qualquer fé em particular. É música que atravessa qualquer barreira religiosa ou social e comunica de forma sincera, eloquente e apaixonada com todos, através do denominador comum presente na alma de toda a humanidade.
Obra de J. HAYDN
Programa
J. HAYDN (1732 – 1809)
Die Worte des Erlösers am Kreuze, Hob.XX:2
(As sete últimas palavras de cristo na cruz)
Orquestra Clássica do Sul
Rui Pinheiro, Maestro Titular
Pedro Monteiro, Narrador
Fundação José Saramago, Textos
16/04
MONCARAPACHO
Igreja Matriz
19h00
Entrada livre sujeita à limitação da sala
União de Freguesias de Moncarapacho e Fuseta, Organização
