Sinopse
O ano é novo mas a tradição mantém-se.
Venha dar as boas vindas a 2022 assistindo a um concerto inteiramente preenchido com música para dançar, onde não vão faltar as mais conhecidas polcas e valsas de Johann Strauss II.
Deixe-se levar pelo espírito da música e pela Orquestra Clássica do Sul dirigida pelo maestro titular Rui Pinheiro.
Notas ao Programa
Enquanto Mozart esteve em Paris, Jean-Georges Noverre pediu-lhe para compor uma nova partitura para um ballet que ele tinha criado em Viena em 1767. O ballet seria integrado na nova ópera “Le finte gemelle” (Os gémeos falsos) de Nicollò Piccinni, como um interlúdio. A ópera foi um fracasso e fechou imediatamente após quatro espectáculos. Embora a música do ballet tenha sido bem recebida, Mozart não foi creditado por ela e a partitura da obra catalogada com K. Anh.10/299b foi considerada perdida; no entanto redescoberta nos arquivos da ópera de Paris no final do século XIX. Desde então tem entrado quer no repertório de ballet, quer no repertório sinfónico.
O Conde Ferdinand Ernst von Waldstein (1762-1823) foi um dos mais importantes patronos de Beethoven em Bona. É por sua mão que Beethoven acede à alta aristocracia de Viena. Amante de música, o conde Waldstein cedo reconheceu o génio de Beethoven e encomendou ao jovem compositor a música para um Ritterballet (Bailado dos Cavaleiros), produzido e co-coreografado pelo próprio Conde. O cartaz da primeira performance, que aconteceu a 6 de março de 1791 em Bona, não menciona o nome do compositor, e um repórter do Theaterkalender creditou Waldstein como o autor da encenação e da música para este “bailado característico em antigo traje alemão”. Muito provavelmente, Beethoven aceitou esta encomenda sabendo que a autoria da composição seria atribuída ao seu benfeitor. No entanto, rapidamente se soube que Beethoven, o jovem músico da corte e protegido do conde Waldstein, tinha escrito a partitura.
Schubert começou a compor a obra Entre`acte de Rosamunde em Novembro de 1823 sob enorme tensão, já que dispunha de apenas 2 meses para a concluir e entregar. Este período de forte pressão foi referido nas suas memórias: “…as partes da orquestra só estiveram disponíveis 48h antes da estreia …”, a 20 de Dezembro. Devido à urgência da encomenda, Schubert utilizou para a composição material que já havia escrito anteriormente.
As Valsas e Polkas de Johann Strauss II representam o apogeu de um período musical de Viena em que a música de inspiração popular conquistou os salões da aristocracia e da alta burguesia, ao mesmo tempo que o grande público em geral. Na verdade, é raro encontrar um compositor que, de forma tão exemplar, conjugasse o melhor dos grandes mestres com a música popular do seu tempo. É certamente por isso que, ainda hoje, a música de Strauss é tocada e apreciada em todo o Mundo.
Obras de W. A. MOZART, L. BEETHOVEN, F. SCHUBERT, J. STRAUSS II
Programa
W. A. MOZART (1756-1791)
Abertura de Les Petits Riens, K. Anh.10/299b
(Abertura de As pequenas coisas)
L. BEETHOVEN (1770 – 1827)
Musik zu einem Ritterballett WoO 1
(Música para um bailado de cavaleiros)
I. Marcha
II. Canção Alemã
III. Canção de Caça
IV. Romance
V. Canção de Guerra
VI. Canção de Beber
VII. Dança Alemã
VIII. Coda
F. SCHUBERT (1797 – 1828)
Rosamunde, D. 797 – Entr'acte nº 2 (Andantino)
J. STRAUSS II (1825 – 1899)
Kaiser-Walzer, Op. 437 (Valsa do Imperador)
Annen-Polka, Op. 117
An der schönen, blauen Donau, Op. 314 (No belo Danúbio Azul)
Orquestra Clássica do Sul
Cameron Burns, Maestro Convidado
16/01
QUARTEIRA
Igreja S. Pedro do Mar
16h00
Entrada gratuita sujeita à limitação da sala
Informações (Cineteatro Louletrano): 289 414 604
Município de Loulé, Organização